Lá foi colocado a importância deste evento que acontece todos os anos em cidades diferentes, para a comunidade local e até mesmo para seus participantes, já que são quatro dias de vivencias, oficinas, debates, além de ser no meio do mato, onde as pessoas precisam fazer sua própria comida, limpar onde sujam -todos precisam se virar.
Este ano surgiu uma nova proposta, tirar um documento (manifesto) -ideia da Aldaci -, para sensibilizar a sociedade, autoridades, sobre o tema que foi discutido, "Construindo a liberdade, buscando autonomia". Várias discussões foram feitas e muitos questionamentos, entre eles o principal: será que numa sociedade democrática de capital de consumo, somos mesmo livres ou será que somos escravos do consumo desenfreado? Pense você também, na sua vida e na sociedade em que está inserido qual é a realidade e nos ajude a buscar um mundo melhor, mais justo e mais sustentável.
Segue documento para quem quiser ler e contribuir.
Manifesto de
apoio à Alimentação Agroecológica – EREB-Sul - Maquiné-RS
Construindo
Liberdade, Buscando Autonomia
Nós, participantes do Encontro Regional de Estudantes
de Biologia – EREB-SUL 2012, experiência autogestionária envolvendo os estados,
as universidades, agricultores familiares, comunidades tradicionais, demais
coletivos e grupos organizados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul,
aqui reunidos entre 15 e 18 e novembro, no Vale do Rio Forqueta distrito de
Barra do Ouro, Maquiné, RS, gostaríamos de manifestar nosso incentivo à cadeia
produtiva das frutas nativas, como forma de valorização e apoio à agricultura
familiar sustentável.
Destacamos que este trabalho valoriza os saberes
tradicionais e os produtos locais da sociobiodiversidade, contribuindo para o
desenvolvimento de cadeias produtivas comprometidas com a soberania alimentar, a
promoção e proteção das frutas nativas do Rio Grande do sul e do Brasil. Entendemos
que devemos oportunizar que a enorme diversidade alimentar existente em nosso
país seja experimentada, consumida e divulgada pela sociedade como um todo. Quando
falamos de frutas nativas, manejo sustentável, direito a escolha, entendemos
que não há burocracia que possa impedir o acesso a esses alimentos e produtos.
Em contraponto ao modelo hegemônico de consumo e
agricultura, entendemos a urgência da mudança cultural. Em vista da situação do
campo e da cidade, apoiamos que a biodiversidade dos produtos a serem trocados
e oferecidos deve ser ampla e irrestrita. A produção de alimentos agroecológicos
e agroflorestais cumpre um papel educativo fundamental, pois demonstra que uma
outra alimentação, que não envenenada, geneticamente modificada e produzida em
extensas monoculturas é possível e desejável. O alimento que vem da terra, nasce,
cresce e é colhido, sendo aí, um prazer consumi-lo de forma livre e consciente.
Entendemos que políticas públicas de fomento da
alimentação agroecológica e agroflorestal deve ser construída popularmente,
atendendo demandas específicas dos pequenos produtores. Igualmente os
conhecimentos associados à biodiversidade devem permanecer livres e acessíveis
para o povo.
Por uma agricultura que possa integrar as florestas,
garantir o bem estar das pessoas, gerar renda, assinamos acreditando na
transformação social proporcionada pela verdadeira liberdade de escolha.
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